As fontes do poder do “Estado” são a coerção e a persuasão. Coerção depende da capacidade econômica da sociedade de gerar recursos que possam ser usados na criação de forças militares ou paramilitares. Gente e recursos são essenciais para tanto. Não há “estado” sem coerção.
Mas, num Estado ordenado para o respeito das liberdades individuais e das comunidades locais, a coerção é um recurso de última instância. A persuasão é mais importante.
Contudo, o poder de persuasão deriva da legitimidade moral do Estado. E, a legitimidade moral do Estado deriva de suas ações concretas em defesa e preservação das pessoas e comunidades que compõem a sociedade. O uso da persuasão é sempre preferível na coordenação das condutas de pessoas livres, eis que respeita a dignidade humana e a autonomia dos indivíduos. As pessoas raramente estão dispostas a se sacrificar e mesmo morrer por instituições que elas creem serem moralmente ilegítimas ou corruptas.
Persuasão torna possível a coerção legítima. Sem a capacidade de coagir perigosos indivíduos, nem a ordem política nem a legitimidade moral do Estado podem ser sustentadas. Contudo, se segurança é a primeira necessidade de governo, liberdade individual é essencial para a sustentação dum governo estável. Liberdade individual é pré-condição para a legitimidade moral do Estado, para o crescimento econômico e para a satisfação pessoal.
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