sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Ideias chave: Direito e Dever

Todas as pessoas buscam a paz como a realização da sua natureza comunitária, da sua dependência uns nos outros. O Estado precisa reconhecer esse anseio e buscar satisfazê-lo garantindo aos indivíduos direitos legais.

Entretanto, direitos por si só não promovem a paz entre as pessoas. Eles criam um constante conflito entre diferentes interpretações daquilo que considero meu e do que a outra pessoa considera seu.

O reconhecimento de quem eu sou e da minha situação no mundo é ganho pela conduta ética e pela disciplina pessoal que permite a superação das minhas limitações tanto naturais como autoimpostas. Tal reconhecimento não é um presente outorgado por um Estado onipotente a indivíduos impotentes.

As pessoas só realizam seu potencial agindo. É por meio das nossas ações, e do sacrifício do nosso “ego” que elas muitas vezes exigem, que damos dignidade às nossas vidas. A função do “estado” é criar as pré-condições para que as pessoas possam ter respeito próprio. O Estado não pode satisfazer nossa ânsia de realização pessoal. Só nossas ações, enquanto pautadas por um referencial ético, por um “dever” que não se dobra ao relativismo do “tudo posso desde que a sociedade aceite”, são a fonte do que é justo e verdadeiro.

Um comentário:

  1. Bira, simples e direto!
    Estar disposto a sacrificar o próprio ego dá a medida de uma pessoa verdadeiramente digna. Como se vê gente incapaz disso fazendo bobagens por aí... Parabéns.

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